Domingo amanheceu com um “sol de janeiro” anunciando um ótimo dia de show. O tão esperado dia da micareta indie começou com o show eletrizante da trupe punk cigana do Gogol Bordello. Duas da tarde, sol forte pra caralho e o palco estava lotadaço. Muita gente cantando os hits (“Immigrant Punk” e “Start Wearing Purple”) e balbuciando as demais músicas e pulando em TODAS. Estava aberto o Carnaval de Salvador segundo dia do Lollapalooza Brasil.
Eugene Hütz tava piradão como sempre e mesmo com aquele sol não dispensou a garrafa de vinho (quente!). Mas o destaque foi Pedro Erazo e seu uniforme da Metô de gari e a animação característica da banda. Na platéia já era perceptível que a idade do público tinha caído uns dez a quinze anos desde o dia anterior. Tintas fluorescentes (e a noite stickers luminosos) deram o tom micareta-new-rave ao festival (com alguns aninhos atrasados…rs).
As filas desapareceram e o como o sol estava muito forte a tenda ficou lotada para o show do Killers on the Dancefloor. A dupla conseguiu segurar o clima animado do Gogol Bordello e só embalou hit: Nirvana, Red Hot, Justice e a música mais tocada na tenda durante todo o dia “Barbra Streisand”, do Duck Sauce.
O show do Friendly Fires prometia dar sequuencia a diversão, mas…o que era aquele sonzinho? Não adiantou todo o rebolation do Ed Macfarlane (vocalista) ou usar dois microfones (tava muuuito baixo). Depois de Skeleton Boy, achei que o show não iria melhorar e fui pro bar.
A boa surpresa do dia estava pra acontecer com Manchester Orchestra (eles são de Atlanta e não são uma orquestra). Sem dúvida foi a banda mais rock’n roll (anos 90) do dia. É muito bom conhecer uma ótima banda como essa direto no show. Som forte e provavelmente a banda mais desconhecida do dia. Virei fã.
O tempo fechou e a correria em direção a tenda pra se proteger favoreceu a apresentação farofa do Tinie Tempah. O rapper atrasou um pouco e o MGMT (no palco ao lado) começou antes. Na tenda o DJ pensou que estava numa festa da Cásper e mandou Satisfaction (Benny Benassi), Kuduro e claro “Barbra Streisand” (trocando por Tinie Tempah). O cara entrou na tenda e como a chuva não tava tão forte tentei ver algumas músicas do MGMT. “Brian Eno” e “Kids” foram o suficiente. Acompanhei a multidão que abandonava o show e fui pro outro palco para o começo do Foster The People.
Foi um dos grandes shows. Muita gente odiou, outros falando que os caras não tem carisma, bla bla bla. Mas foi um show legal e os que mais escutei gritinhos do público (feminino).
Como era de se esperar os caras deixaram o hit Pumped Up Kicks por último e fez a galera pular muito. Acho que a banda deveria aproveitar mais o “barulhinho” do começo da música. Mas os caras preparam uma super balada no final da música. Sério, foi tão legal que nem lembro das músicas que rolaram antes.
20:30 estava na tenda esperando o show do Racionais.
20:45 hora de começar o show….NADA.
21:28 dois minutos para o show do Arctic Monkeys….desisti!
21:30 Começa o Arctic Monkeys no palco principal do Lollapalooza Brasil com “Don’t Sit Down ’cause I’ve Moved Your Chair“ (minha música preferida do último álbum), “Teddy Picker” e “Crying Lightning“. Alex Turner e seu cabelo rockabilly levou o show inteiro com maestria e sempre arrumando seu topete. O público me pareceu um pouco mais contido que no show do Foo Fighter no dia anterior, mas não deixou de cantar todos os hits, novos e velhos, e da meninada gritar a cada “olhar sensual” do vocalista ou final de música. Sem dúvida o show da noite e vice no festival. O bis teve “R U Mine?“, “Fluorescent Adolescent“ e “505“.
Como se superar em 2013?